domingo, 14 de dezembro de 2008

Fotografias raras - 1

O blog Mister Vinil traz até vocês a primeira de muitas fotografias raras, que serão publicadas de tempos em tempos.



Ronnie Von e Gal Costa - Jornal "Ultima Hora", 19 de Julho de 1969.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Os Aranhas - A curta(mas significante) trajetória de um conjunto


Os Aranhas - A curta(mas significante) trajetória de um conjunto
Por: Henrique "Gato Vinil" Alvarez *



O ano era 1966 e, para quem gostava de música jovem, a revista Intervalo - que trazia a programação semanal da televisão, além de reportagens e notícias sobre o mundo do entretenimento - era leitura obrigatória. Uma das opções mais interessantes era o programa “A Festa do Bolinha”, apresentado por um simpático senhor grisalho chamado Jair de Taumaturgo, que era um dos poucos programas de música gravados no Rio de Janeiro, nos estúdios da extinta TV-Rio, Canal 13, que, por sua vez, ficava no "Posto 6", em Copacabana. Era lá, todos os sábados às 16:00 hs que se apresentavam os cantores já consagrados da Jovem Guarda como Erasmo, Roberto, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Deny e Dino, mas também os grupos não tão conhecidos assim, como Os Deuses, O Die Panzer(ambos grupos do bairro do Grajaú) e Os Aranhas, que era uma espécie de grupo residente do programa. Com dois palcos laterais, para a apresentação dos conjuntos, Os Aranhas ocupavam seu lugar no lado direito e, no lado esquerdo, ficavam os grupos que vinham de fora ou aqueles que sempre acompanhavam determinados artistas, como no caso de Ronnie Von, que sempre trazia seu grupo.

Alguns desses conjuntos chegaram a gravar discos e Os Aranhas foi um deles. Lançaram, no mesmo ano, pelo selo Copacabana, o hoje raro compacto simples com "Brotinho Não se Iluda" (Paulo Rios) e "Toda Noite Sonho" (versão de Rossini Pinto para California Dreamin', dos Mammas and the Pappas)

Apesar do lançamento do disco, os rapazes dos Aranhas não fizeram sucesso e ficaram restritos ao Rio de Janeiro. Não se sabe mais sobre eles. Mas, de certa forma, registraram seu nome no cenário da Jovem Guarda.



*Henrique é colecionador há mais de 30 anos, comerciante, estudioso do mundo do vinil e escreve neste blog.

Desculpem a ausência(JG Obscura)

Amigos leitores,

Peço-lhes minhas sinceras desculpas pela ausência no Blog. Estive muito ocupado com a criação do site "oficial" da Jovem Guarda Obscura...



E aí está ele: Você acessa clicando AQUI ou na imagem(não está com muita qualidade, pois foi reduzida) . Se quiser ir diretamente ao site, o endereço é http://www.jovemguardaobscura.hpg.ig.com.br . Você também pode entrar clicando diretamente no "Jovem Guarda Obscura" do parágrafo acima.

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Agora, com o site criado, posso voltar ao Blog. Já começo com uma postagem do amigo Henrique "Gato Vinil" Alvarez, experiente pesquisador e colecionador, sobre o grupo "Os Aranhas" e seu raro compacto. Brevemente voltarei com grandes novidades, discos raros e afins.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Os Carbonos respirando a psicodelia


Os Carbonos respirando a psicodelia
Por: Gabriel Passos*

Em 1969, a psicodelia ainda estava surgindo no Brasil. Muitos artistas já aderiam ao estilo - por vontade própria ou dos empresários, ou seja, por dinheiro, como muitos que conhecemos. E o grupo Os Carbonos são um ótimo exemplo. Tendo dois irmãos gêmeos, Mário e Raul - é daí que vem o nome do grupo - fizeram muito sucesso com versões de canções que estouravam no mundo inteiro. Em 1969, já tinham gravado psicodelia: "Estou Ficando Louco", com Edson Wander, que teve a sua concepção nas viagens lisérgicas de Nelson Ned. "A gente nem sabia o que era isso... Ele só fez a música e eu gostei", diz Edson. O grupo fez um arranjo com guitarras distorcidas, fuzz e muitos ecos, gerados pelo operador da mesa de som.
Ainda no citado ano, gravaram um dos compactos mais raros do Brasil: "Flash", do psicodélico gaúcho Hermes Aquino, e "Sala de Espera", de Laís Marques. Ao que tudo indica, os arranjos são de Hermes. Algum tempo depois, os dois regravaram as mesmas, em dupla, num também raro compacto¹. Mas porque o compacto d'Os Carbonos seria mais raro que o de Hermes e Laís? Primeiramente, vamos para a dúvida: Até hoje não sabemos se o disco foi comercializado. As poucas cópias que existem nas mãos de colecionadores quase sempre acompanham um carimbo do divulgador, atestando que é uma cópia para promoção. Se foi comercializado - não consta em nenhuma discografia - as cópias foram poucas. O disco não foi bem divulgado e não teve a aceitação do público. Acharam "muito louco", como dizem algumas pessoas da época.
Voltando às músicas, "Flash" repete "Flash luminoso, flash de amor, flash flash flash, flash luminoso meu amor". Canção bem elaborada, recheada de guitarras distorcidas e sintetizadores disfarçados, além de um orgão Hammond, provavelmente um modelo B-3. Em "Sala de Espera", o ar psicodélico é mais presente: Começa com uma levada calma, ao violão, e depois pula para o Rock'N'Roll, com uma letra totalmente ligada ao estilo psicodélico.
Muitos dizem que lembram Os Mutantes, que são melhores que muitas do grupo. Na opinião deste que vos escreve, se chamassem Rita Lee para cantar, ficaria com dúvidas quanto ao grupo que estava executando.
A verdade é que Os Carbonos deixaram sua marca eterna na Psicodelia Brasileira. Queiram ou não queiram, eles são bons "prá chuchu".

¹ Fonte: http://sucessos1000.tripod.com/rock_brasil_rarossss.htm
*
Gabriel Passos é colecionador, radialista e escreve neste blog

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Flor de Cactus - Os primórdios de um conhecido artista




Flor de Cactus - Os primórdios de um conhecido artista

Por: Henrique "Gato Vinil" Alvarez *



A maioria dos artigos ou discografias de Lenine mencionam como sendo seu primeiro disco, o LP "Baque Solto" que ele gravou em 1983 junto com seu parceiro Lula Queiroga.

Na verdade, a primeira gravação do pernambucano aconteceu em 1979 quando ele fazia parte do grupo "Flor de Cáctus", que também não é o mesmo Flor de Cáctus do Rio Grande do Norte, que gravou 3 LPs e acompanhou Zé Ramalho em alguns shows.

O "Flor de Cáctus" de Recife era formado por André Luiz na viola, Cacá no baixo elétrico, Mário Lobo no piano, Plínio na flauta, Sérgio Campello na bateria e percussão, Zé Rocha no violão e Lenine no violão e voz. Contava também com Paulo Rafael, ex-Ave Sangria, como participante especial, na guitarra. Desses integrantes, Zé Rocha, parceiro de Lenine, continua com sua carreira solo, já tendo gravado inclusive CDs.

O Flor de Cáctus gravou apenas esse compacto pelo selo Matita Discos, de Recife, que era de Zé da Flauta, que produziu o disco em parceria com o próprio grupo e Paulinho da Macedônia. O compacto traz no lado A - "Festejo" de Zé Rocha e André Lobo e no lado B - "Giração" de Lenine. Um disco raro e importante para quem coleciona a obra de Lenine.


Em 1984, depois do LP "Baque Solto", Lenine gravaria um segundo compacto, também difícil de ser encontrado hoje em dia. Trata-se de "Baque da Era" (Lenine/Fubá /Zé Rocha) e trazendo no lado B "Véu da noite" (Lenine/Pedro Osmar/Zé Rocha). O compacto foi gravado pela Philips.








Em 1985, mais um enigmático e obscuro lançamento do pernambucano, desta vez pela CBS, com produção de Mariozinho Rocha. Trata-se do compacto do grupo "Xarada" que tinha a seguinte formação: Lenine na voz e guitarra, Caxa na guitarra e vocal, Fábio Girão no baixo e vocal, Duda na bateria e vocal e Sartori nos teclados e vocal. O lado A do compacto traz "Mal necessário" (Lula Queiroga/Lenine) e no lado B "O Feitiço e o feiticeiro" (Lenine/Caxa).

O destino do grupo Xarada foi o mesmo do Flor de Cáctus, ou seja, não chegou a lugar algum. Hoje, com o sucesso internacional e o reconhecimento de seu talento por todos, esses três compactos de Lenine são bastante procurados por seus admiradores mas como poucas cópias devem ter chegado às lojas, a maioria foi para as rádios, como promocionais, os discos são verdadeiras raridades da carreira de Lenine.

Ass: Gato Vinil


*Henrique é colecionador há mais de 30 anos, comerciante, estudioso do mundo do vinil e escreve neste blog.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Os 40 anos do Canto ao Canto


Os 40 anos do Canto ao Canto
Por: Gabriel Passos *



Há exatamente 40 anos, 1968 estava se iniciando. Isso porque o brasileiro só começa o ano depois do Carnaval. Em 1968, nem tudo era um mar de rosas: No final daquele ano, o AI-5 seria instituído no país e muitas bocas caladas à força. Passeatas, o início da Tropicália, o fim do televisivo "Jovem Guarda" e a morte abrupta do estudante Edson Luís de Lima Souto no dia 28 de Março. Esse é o 1968 que conhecemos e que até hoje ganha as principais páginas de jornais e publicações em geral.
No mesmo ano, mais precisamente em Julho, um jovem cantor nascido em Recife entraria em estúdio para gravar o arrojado "Canto ao Canto de Edson Wânder". Ele mesmo. Edson Wander, no auge de seus vinte e dois anos, realizava o sonho de gravar um Long-Play na Copacabana Discos, onde foi contratado em 1966 com a ajuda de Wanderley Cardoso, maior estrela da gravadora na época. Na ficha técnica, entre outros, estavam o maestro Pachequinho, o ainda jovem e desconhecido técnico de som Mazola - Com um só "Z" - e Ismael Corrêa, diretor da gravadora. A foto ficou com a Foto Mafra, responsável por ensaios fotográficos de inúmeras gravadoras e publicações, e o poético texto com Ricardo Galeno.
Já na gravadora para acertar os últimos detalhes, Edson encontraria um moço negro que estava divulgando o também cantor Nilton César. Seu nome: Evaldo Braga. Rapidamente Evaldo se aproxima e pede para mostrar uma composição, juntamente com o parceiro Reginaldo José Olice. Alguém dá um violão e Evaldo toca, por completo, "Areia no Meu Caminho". Sem pensar duas vezes, Edson - empolgado com a canção - resolve incluir a mesma em seu disco, excluindo uma que permance inédita até os dias de hoje. Por ironia do destino, tornou-se seu maior sucesso, num disco que também continha composições do famoso radialista e compositor José Messias, Sérgio Reis e Wanderley Cardoso, entre outros. É de José Messias "Prelúdio de Fazer Você Voltar", com ar de Orlando Silva. Já Wanderley Cardoso aparece com "Meu Ar de Tristeza", uma mistura do próprio com Roberto Carlos, regada ao famoso órgão Hammond B-3. Figuram também sucessos como "Tu", "Jovem Triste" e "Desgraça Pouca Não Dá Pra Chorar", esta última com jeito de Paulo Sérgio, então seu cunhado - na época estava tendo um belo romance com Marlene Cavalcanti, irmã de Edson, também cantora.
Depois de alguns dias de ensaio e outros de gravação, a fita master estava pronta. "Foram mais ou menos 100 mil cópias", diz Edson. O lançamento ocorreria em Agosto, onde Edson iniciou mais uma maratona de rádio e TV, apresentando seus sucessos e divulgando o disco que acabara de sair da fábrica.
Relançado na década de 80 pela Beverly, o disco é objeto de desejo de muitos colecionadores. Em alguns pontos do Rio de Janeiro, chega a custar 200 reais - a versão do selo amarelo, promocional. A arrojada equalização da prensagem em 180g. , além de uma arte gráfica mais presente faz da segunda prensagem do disco, realizada no final do ano, ser mais rara que a primeira, de selo azul. Esta última varia de 100 a 150 reais nos mesmos pontos de venda do Rio de Janeiro.
Edson voltaria a gravar em 1969, com a psicodelíssima "Estou Ficando Louco", grava em São Paulo com Os Carbonos. Lançaria outro álbum em 1976, na Odeon, uma compliação de canções gravadas desde 1972. Trazia canções de Osny Silva gravadas em ritmo Beat, Boleros e até um Country-Rock de sua autoria, gravado em 1974.
Há exatos quarenta anos, Edson deixava mais que seu nome marcado na música brasileira. Deixava um álbum histórico. Deixa, mais do que nunca, a sua marca. Pra sempre.


* Gabriel Passos é colecionador, radialista e escreve neste blog

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Demétrius e O Estranho de Cabelos Longos



Demétrius e O Estranho de Cabelos Longos

Por: Gabriel Passos*



Há muito tempo, mais precisamente em 1960, um jovem cantor chamado Demétrius gravou seu primeiro disco, ainda em 78 R.P.M, pela precursora Young. O tempo foi passando e Demétrius, com todo seu talento, foi desenvolvendo discos de sucesso e emplacando nas paradas nacionais. Mas o sucesso veio mesmo em Março de 1964, com "O Ritmo da Chuva", canção que projetaria Demétrius para as paradas de sucesso, podendo ser ouvida até hoje nas rádios mais populares do nosso país. Porém, vieram as novidades musicais e, junto com elas, o ano de 1968. A Tropicália, um movimento onde Caetano Veloso e Gilberto Gil imperavam, surgia. O programa de TV Jovem Guarda chega ao fim, para muitos acabando com o movimento homônimo. Chega 1969. Demétrius não lança nada neste ano. O que estaria fazendo?
Ao contrário do que muitos pensam, Demétrius não parou em 1969. Gravou um compacto promocional que não chegou a ser distribuído em grande escala - teve sua prensagem cancelada depois de algumas cópias, que "vazaram" da gravadora - pela gravadora Continental. Neste compacto o cantor apresenta uma versão sua para "El Extraño Del Pelo Largo", denominada "O Estranho de Cabelos Longos", e a também sua "Hoje a Noite". A primeira, em sua versão original do argentino Lito Nebbia, serviu de inspiração para o filme hômonimo, também argentino, lançado em 1970. Um clássico da psicodelia mundial, diga-se de passagem. Foi gravada pelo grupo equatoriano Los Corvets e pelo argentino La Joven Guardia, logrando êxito em seus países. Já com Demétrius, a música ganha um órgão Hammond e um solo de guitarra no melhor estilo Jimi Hendrix, misturado com uma letra totalmente psicodélica. A segunda música, presente no lado B, é um Rock-Balada de primeira, numa mistura de, digamos, Bread e Antônio Marcos. Não se sabe o porquê da prensagem ter sido cancelada, tampouco o porquê do cantor não ter lançado as músicas oficialmente.
Demétrius voltaria em 1970, com a canção "Meu Velho", no álbum "Clube dos Artistas", da gravadora RGE. Seu compacto promocional, hoje em dia, é disputado por colecionadores da América do Sul, principalmente do nosso país e da Argentina.

* Gabriel Passos é colecionador, radialista e escreve neste blog

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Os Namorados, Fábio Júnior e a psicodelia nacional


Os Namorados, Fábio Júnior e a psicodelia nacional
Por: Gabriel Passos*





Os Namorados. Lendo este nome, logo imaginamos uma banda de Iê-Iê-Iê(nada contra o estilo, muito pelo contrário, este que vos escreve é fã incondicional do estilo). Mas não é.
Trio vocal formado por três irmãos, Os Namorados tiveram uma carreira curta, porém marcante: Um compacto simples na gravadora Polydor, assinado pelo então obscuro Arnaldo Saccomani, no ano de 1970. Nele, duas canções, "Rio Amarelo"(versão de Saccomani para "Yellow River", sucesso do mesmo ano, com o grupo Christie) e "A Saudade que Ficou", obscura canção psicodélica, feita realmente sem intenções de prosseguir no estilo. Esta última é assinada por Fábio Dayrosa e foi composta com a inspiração no som que fazia a cabeça de muitos jovens: O som jovem, já chamado por alguns de psicodélico. O grupo se dissolveu algum tempo depois, com as poucas vendas do compacto(que é raridade conhecida desde a segunda metade da década de 90, disputado "à tapas" nas lojas de discos), mas Fábio Dayrosa não desistiu: Prosseguindo em carreira solo, adotou o nome de Mark Davis, somente trabalhando com canções em inglês(assim como Morris Albert, Terry Winter e Dave MacLean, entre outros). Emplacou o sucesso "I Want To Be Free Again", reeditado em diversas coletâneas, mas rapidamente deixou a carreira e passou a se dedicar ao repertório nacional. Voltou como Fábio JR., sendo hoje um dos artistas mais bem sucedidos da música brasileira.


PS: O grupo gravou, em 1971, outro compacto. Porém, ao que tudo indica, sem a participação de Fábio nos vocais.
* Gabriel Passos é colecionador, radialista e escreve neste blog

domingo, 20 de janeiro de 2008

A feira da XV


A feira da XV
Texto e foto de Sir Dema*

"A pedido do meu amigo Gabriel “Lennon” Passos darei pequenas contribuições a este maravilhoso blog.

Ontem fui a feira de antiguidades da Praça XV( aconselho a todos que visitarem o Rio de Janeiro a fazer um passeio por lá), foi um passeio saudável levei toda a família para aquela maravilhosa feira onde as barracas não oferecem bananas, laranjas, alface, tomates ou qualquer outra mercadoria que encontramos nas feiras convencionais. Nesta feira o que encontramos nas barracas são pequenos fragmentos da historia da humanidade vendidos em bancas de madeira ou até mesmo no chão. O comprador tem que ter um mínimo de conhecimento ou mesmo de bom gosto para entender toda aquela “ bagunça”, também é fundamental ter bons argumentos para negociar com os vendedores, e conseguir descontos que podem chegar até 60% do valor da mercadoria desejada.

Discos de vinil, sapatos, roupas, móveis, carrinhos antigos, relógios, bugigangas em geral, um paraíso para aqueles que amam colecionar qualquer coisa. Foi na feira da Praça XV que comprei um boneco do Snoopy, duas vitrolas portáteis daquelas coloridas que nossos pais nos davam de presente nos anos 70, comprei também alguns joguinhos típicos dos anos 70, sem considerar o jogo de xícaras e outras coisitas.

Mas ontem o premio ficou por conta de meia dúzia de compactos, sendo o mais interessante o da Dolores Duran interpretando a música A noite do meu bem, para mim uma das musicas mais bonitas do repertorio nacional, sem contar que a voz da Dolores Duran é única!

Fico por aqui desejando à todos uma ótima semana.

Beijos no coração,

Sir Dema"



* Sir Dema é DJ, residente atualmente da Soul, Baby, Soul!(RJ), e colecionador de discos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Um dos discos mais raros do mundo é brasileiro


Um dos discos mais raros do mundo é brasileiro
Por: Gabriel Passos *

" Na década de oitenta, muito se divulgou. O disco é disputado a tapas na Holanda. Trata-se do raríssimo "There's no More Corn on the Brasos", da banda holandesa The Walkers(não confundir com a homônima argentina). Falo do disco, com doze ótimas faixas(que vão do Folk ao Rock), acompanhado de pôster destacável e um belo encarte.
O compacto com a música também foi lançado por aqui, mas não tem nada de raridade. Já o tão citado disco vendeu pouquissimas cópias no país, sendo lançados dois compactos depois do mesmo. O segundo, com "There's no More Corn on the Brasos", vendeu muito e pode ser encontrado na maioria dos sebos brasileiros. O primeiro também é encontrado com facilidade.
Lançado pela Top Tape em 1972, o disco da banda holandesa(repito: Não são os argentinos) vinha acoplado de um pôster e um encarte, ambos copiados do álbum holandês de 1971, "My Darling Helena". A capa dupla é em papelão grosso,talvez americano, o que lembra muito os discos lançados por lá. As músicas foram retiradas do disco "Skiffle Train", lançado em 1970, e "My Darling Helena", de 1971.
Achar o disco completo, com o pôster destacável e o encarte, é praticamente impossível. Nem tão impossível é na Holanda, onde pode ser encontrado nas lojas mais caras, custando uma fortuna. Por lá, facilmente se paga uma fortuna pelo disco completo. "

* Gabriel Passos é colecionador, radialista e escreve neste blog

Atualização: Segundo fontes seguras, o disco vale entre três e quatro mil reais. Ou seja, mais que o Paêbirú, considerado atualmente o disco mais raro do Brasil.

Atualização dois: O amigo colecionador Eduardo está vendendo o disco, porém sem o encarte. Aceita ofertas. Favor entrar em contato pelo Orkut do mesmo.